Mercado Chines
Após receberem papel "decisivo", mercados chineses recuam
Por Pete Sweeney
XANGAI, 13 Nov (Reuters) - Nada impressionados pela promoção dos mercados a um papel "decisivo" na agenda de reformas da China para a próxima década, investidores venderam ações chinesas nesta quarta-feira, decepcionados com a falta de detalhes no plano de reforma e a aparente relutância em reorganizar o setor estatal.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, também lamentou a falta de detalhes e disse esperar reunir mais informações sobre políticas específicas em discussões com a China.
"Francamente, há muitas questões para ainda serem respondidas", disse ele na CNBC durante visita a Cingapura. "O comunicado que saiu da plenária foi em um nível bastante geral."
O Partido Comunista afirmou ao final de um conclave de quatro dias de seu Comitê Central, na terça-feira, que busca alcançar "resultados decisivos" até 2020, e deu aos mercados um papel mais proeminente.
Ao determinar um prazo explícito imposto a si mesmo e ao estabelecer um grupo de trabalho especial, a nova administração do presidente Xi Jinping e do primeiro-ministro Li Keqiang sugere uma busca mais decisiva de reforma do que sob a liderança anterior.
Mas embora o comunicado tenha mencionado várias áreas de reforma, sua linguagem foi ainda mais geral do que alguns esperavam e destacou explicitamente a importância do setor estatal para a economia.
"A reforma das empresas estatais é uma grande decepção", disse Gary Liu, vice-diretor do Centro de Pesquisa Financeira Internacional CEIBS Lujiazui, em Xangai. "Mas a implementação será ainda mais importante do que o plano em si."
Os principais índices acionários chineses tiveram queda. O índice CSI300, que reúne as maiores empresas listadas em Xangai e Shenzhen, perdeu 2,22 por cento enquanto o índice de Xangai recuou 1,83 por cento. Já o índice de empresas chinesas listadas em Hong Kong caiu 2,7 por cento.